9 de outubro de 2017

POST Nº 72 - Filme de Marreiros Alves

José Alexandre Marreiros Alves
Fur. Mil. em Jolmete (Pelundo – Teixeira Pinto)
CCAÇ 2585 – BCAÇ 2884
























... da metrópole à Guiné ida e volta - serviço militar cumprido e, com orgulho, faz em breve cinquenta anos.









Publicado por
Manuel Resende (Ferreira)


15 de maio de 2017

Post Nº 71 - 30º Convívio BCAÇ 2884 - Lourinhã

Manuel Cármine Resende Ferreira
Alf. Mil. Art. em Jolmete (Pelundo – Teixeira Pinto)
CCAÇ 2585 – BCAÇ 2884

















30º CONVÍVIO BCAÇ 2884 - LOURINHÃ


Companheiros, Camaradas e Amigos
Realizou-se no passado dia 6 de Maio o 30º Convívio do nosso Batalhão, o BCAÇ 2884, no restaurante "O TEIMOSO" precisamente na véspera do 48º ano da nossa partida para a Guiné (7-5-1969), e desta vez com nova comissão, o Alegria e o Afonso.
Organização bem sucedida, tudo correu como o previsto, mas com pouca aderência. Para quem organiza e assume compromissos monetários com o Restaurante, a expectativa de aderências é importante e é sempre um risco. Felizmente que desta vez, apesar de não ser muito significativa, deu para cobrir as despesas, pois graças à “geringonça” de obter verbas extras, a coisa compôs-se.
Não sei se repararam que no envelope das raspadinhas vinha um pedido que transcrevo:

“Amigo e Camarada
É necessário fazer um álbum fotográfico do Batalhão, se tens fotos, slides, documentos, ordens de serviço, tira fotocópias a cores e envia para nós, como também convida outros camaradas a fazer o mesmo!
Luís Alegria – 919 339 508 – luisalegriab@gmail.com

Vamos todos colaborar, pois a organização quer fazer uma grande surpresa a quando do 50º aniversário da nossa chegada/partida, cujas datas são próximas Março/Maio.
Digo eu, particularmente em relação às fotos que tenham já digitalizadas, não precisam mandar em papel. Mandem via Facebook, email, Google Drive, ou qualquer outra forma, pois estarei sempre atento, e vou ajudar a equipe de trabalho no que puder, principalmente na informática.

Não se esqueçam que temos o nosso grupo “BCAÇ 2884”  no FACEBOOK , e é lá que devem fazer os comentários e assossiarem-se ao grupo para podermos interagir mais facilmente.

Como estamos no blog da CCAÇ 2585, vou publicar algumas fotos com pessoal da nossa companhia. Para verem todas as fotos que eu tirei, cliquem no link

https://goo.gl/photos/hvaZkCzQK2S8cYVk9



Os organizadores: Alegria (à esqerda) e Afonso


Foto de mesa: Anselmo, Jesus, Eu, Rodrigues e a careca do Cipreste


Aqui não preciso explicar


Acham que é preciso legendas? São 4 Furriéis


Cipreste e Araújo


Cipreste


Anselmo


Lembram-se do Furriel "Rodinhas"? está na mesma.


Quem não se lembra do Montemor? É este e tem passado um pouco mal da máquina...


O bolo do nosso 30º Convívio... estava muito bom.



Um abraço a todos.
Manuel Resende (Ferreira de Jolmete)

21 de março de 2017

Post Nº 70 - Convite para 30 Convívio BCAÇ 2884 - Lourinhã

Manuel Cármine Resende Ferreira
Alf. Mil. Art. em Jolmete (Pelundo – Teixeira Pinto)
CCAÇ 2585 – BCAÇ 2884

 
















BAT CAÇ 2884 – MAIS ALTO









CCS e C CAÇ 2586 – PELUNDO

C CAÇ 2584 – CÓ   -   C CAÇ 2585 - JOLMETE

Amigos, camaradas, camarigos, companheiros, ... irmãos da luta,
estivémos todos do mesmo lado, e os que ainda restamos desta caminhada da vida e com alguma saúde e que queríamos era o nosso regresso que aconteceu em 2 de Março de 1971, temos agora uma oportunidade, que direi das poucas que nos restam, para nos reencontrarmo-nos.

Este ano celebramos o 30º Convívio, na Lourinhã. Vamos comparecer em força. Notem que eu disse CONVÍVIO e não almoço. Almoçar... almoçamos todos os dias.

Temos organizadores novos, com valor, mas pela falta de prática, esqueceram a ementa no folheto das cartas. Isso não conta, pois algo se comerá, e dada a zona (Lourinhã), ... não será mau. De qualquer maneira eu vou publicar aqui a ementa, logo que a receba.

Inscrevam-se, reservem quartos com antecedência para os que querem ficar para o dia seguinte, enfim, não se esqueçam é de comparecer.

Eu, Manuel Resende (o Alf. Ferreira de Jolmete), gostaria de ver muitos participantes da C. CAÇ 2585 de Jolmete. Queria criar o núcleo para desenvolver um convívio anual só da nossa Companhia. Para isso ... inscrevam-se.

A seguir publico a carta enviada por correio, que recebi hoje, para inscrições.
Chamo à atenção, pois o NIB  aqui publicado no blog está certo, mas nas cartas recebidas está mal, por gralha da impressão. Nesta carta que publico já está corrigido, e é:


 PT50 0035 2146 0000 4051 3305 6











Manuel Resende

Publicado por Manuel Resende (Ferreira)

14 de março de 2017

P Nº 69 - O "Fanado" na Guiné-Bissau

José Alexandre Marreiros Alves
Fur. Mil. em Jolmete (Pelundo – Teixeira Pinto)
CCAÇ 2585 – BCAÇ 2884

 















FANADO NA GUINÉ-BISSAU


Estive em Jolmete e assisti a esta festa ... a do "fanado", ou seja, à apresentação pública dos então meninos e meninas e que agora vêm como rapazes e raparigas crescidos. Em suma retiraram-lhes a virgindade aos moços e os lábios e clitóris às miúdas. Era tradição na altura, espero que hoje isso já não exista.











A propósito das fotos que anexei nesta publicação sobre o "fanado", aqui vos deixo, principalmente para os mais ignorantes na matéria, um documentário e fotos Paula da Costa – consultora MGF (Mutilação Genital Feminina) na Guiné-Bissau.


Diz ela:
... Na Guiné-Bissau todos os grupos étnicos realizam o Fanado (ritual de iniciação). Para os rapazes ou homens, depende de cada grupo, o Fanado culmina com a circuncisão. Alguns grupos étnicos têm o Fanado das meninas ou jovens mulheres. Nos grupos islamizados o Fanado das meninas culmina com o “corte” (mutilação genital feminina). Em vários grupos o tipo de corte também é diferenciado: remoção total ou parcial do clítoris.
.... O Fanado realiza-se, normalmente, na floresta – em sítios isolados – onde nenhum elemento da comunidade pode entrar durante o período do ritual – 4 a 5 semanas. Nos centros urbanos o Fanado é realizado nos bairros na periferia das cidades e longe das habitações. O Fanado é efectuado em terreno sagrado e com a participação e aceitação de várias divindades locais.
.... O Fanado tem os seus próprios protectores espirituais que terão como função não permitir a entrada de pessoas estranhas ao ritual nem de forças malignas. As Fanatecas (excisadoras femininas) e os Fanadores (homens que fazem a circuncisão) são os instrumentos desta ligação entre o mundo real e o mundo espiritual. Durante esse período os jovens ou crianças adquirem conhecimentos sobre a vida, normas de comportamento dentro da família e da comunidade. 
Reforça-se o grupo de pertença e as questões étnicas e culturais. Muitas vezes os participantes nos Fanados (crianças, jovens ou adultos) são alvo de violência física e psicológica, como forma de preparação para a vida adulta. A casa que é construída para o Fanado, “Barraca”, e as esteiras utilizadas no Fanado são queimadas no fim do ritual. A família é o suporte económico do Fanado: alimentação, roupas, pagamento às pessoas responsáveis no Fanado. Toda a comunidade está envolvida neste ritual de iniciação. 
O pagamento é feito através de dinheiro ou de bens: arroz, sabão, panos, etc. Este pagamento é uma parte importante e fundamental para o rendimento económico das famílias das Fanatecas (excisadoras). A participação no Fanado dá às crianças e aos jovens ou aos adultos um estatuto mais elevado dentro do seu grupo étnico. Também lhes possibilita ter acesso a outros níveis de escalões etários – que lhes são vedados ao não participarem nestes rituais.
 ... A entrada na casa do Fanado é feita através do chamamento de tocadores de tambor que circulam pelas aldeias ou pelos bairros. 
... Dentro do Fanado há uma cumplicidade entre os participantes e também um pacto de silêncio do que se passa lá dentro. Muito raramente uma pessoa fala do que aconteceu a si próprio ou aos outros. É um assunto tabu. Mesmo quando há informações de morte dentro do Fanado – as pessoas não relacionam essa morte com o acto da mutilação genital feminina ou circuncisão. Normalmente as justificações para essa morte são de carácter místico externo ao Fanado – intervenção de forças estranhas ao Fanado. Esta forma desresponsabiliza qualquer pessoa que tenha tido intervenção directa ou indirecta na morte. Quando termina o Fanado as crianças, jovens ou adultos são entregues à comunidade numa grande festa colectiva da passagem ritualista. Os participantes recebem presentes dos familiares e da comunidade. Em Abril de 2010 reiniciou-se um projecto na Guiné-Bissau de luta contra a MGF (Mutilação Genital Feminina), incluindo, agora, 5 ONGs Guineenses e com o apoio da ONG alemã, WFD – Weltfriensdienst. Este projecto chama-se “Djinopi” que significa “Vamos para a frente”.

Paula da Costa – consultora MGF – Guiné-Bissau


















Marreiros Alves (ex-Furriel)


Publicado por:
Manuel Resende (Ferreira)